A cortina da temporada 2021 está prestes a fechar, mas não sem antes os oito melhores jogadores do ano entrarem em palco, para aquela que será a última grande atuação.
O elenco promete (e muito!) por isso antes de partir para uma análise geral às expetativas, é necessário ficar a conhecer os protagonistas para as Nitto ATP Finals 2021, que a partir de 14 de novembro, em Turim, Itália, vão discutir o derradeiro torneio do ano.
Olhar para um torneio em que Novak Djokovic esteja presente e não pensar, automaticamente, na possibilidade do sérvio vir a erguer o troféu é algo quase impensável.
E as ATP Finals 2021 não são exceção.
O número um do mundo parte como o grande favorito à conquista e para isso tem um grande ponto de motivação: caso vença, chegará ao sexto título pessoal nas ATP Finals e, com isso, iguala Roger Federer (16.º ATP), que detém o recorde de vitórias.
Por falar no suíço… é uma das grandes ausências do torneio realizado em Turim, uma vez que ainda está a recuperar da terceira operação ao joelho, realizada em agosto.
Na senda de ausências, também estará Rafael Nadal (6.º ATP). O tenista espanhol, de 35 anos, que apenas jogou duas vezes depois do desaire nas meias-finais de Roland Garros, admitiu recentemente que a lesão no pé ainda não está totalmente superada e, por isso mesmo, só está a pensar regressar à competição em dezembro, de forma a preparar o Open da Austrália 2022.
Voltando a Novak Djokovic.
O pentacampeão (2008, 2012, 2013, 2014 e 2015) tem a oportunidade de continuar a colecionar recordes num torneio em que chega com o estatuto de mais experiente.
O sérvio, de 34 anos, é o único tenista já trintão, uma vez que os outros sete jogadores em prova não ultrapassam os 25 anos.
Além disso, “Nole” já tem garantida a presença no topo do ranking mundial até final do ano, depois de na semana passada ter vencido o ATP Masters 1000 de Paris.
Formato da competição e grupos:
Dois grupos, oito tenistas e apenas quatro vagas (duas em cada grupo) para quem quiser marcar presença nas meias-finais.
O formato é simples, diferente e acrescenta uma dose de emoção extra a uma competição que após 12 edições disputadas em Londres, se vai realizar pela primeira vez na cidade italiana de Turim, que a acolherá até 2025.
O sorteio, realizado quinta-feira, determinou que Novak Djokovic e Daniil Medvedev (números um e dois do ranking, respetivamente) vão figurar em grupos diferentes.
🎾 GRUPO A
[1.º] Novak Djokovic
[4.º] Stefanos Tsitsipas
[5.º] Andrey Rublev
[7.º] Casper Ruud
🎾 GRUPO B
[2.º] Daniil Medvedev
[3.º] Alexander Zverev
[6.º] Matteo Berrettini
[8.º] Hurbert Hurkacz
O tenista sérvio, número um mundial, vai ter a companhia do grego Stefanos Tsitsipas (4.º), do russo Andrey Rublev (5.º) e do dinamarquês Casper Ruud (8.º) no “Grupo Verde”.
Já na outra “metade”, Daniil Medvedev é o grande cabeça de cartaz.
O número dois da hierarquia mundial, que no ano passado entrou na história das ATP Finals ao tornar-se no primeiro tenista a vencer todos os cinco encontros rumo ao título e a derrotar os três primeiros jogadores da hierarquia mundial na mesma edição, iniciará a defesa da coroa no “Grupo Vermelho”.
O russo, que chega motivado pela conquista do último Grand Slam do ano, o Open dos Estados Unidos, vai defrontar o campeão olímpico e número três mundial, o alemão Alexander Zverev, o italiano Matteo Berrettini (7.º) e o polaco Hubert Hurkacz (9.º).
Pontuação e prémios
Desengane-se quem pensar que as ATP Finals são apenas um espetáculo feito para agradar meramente ao público devido à alta concentração de “craques” no mesmo local.
Em termos de pontuação este é um torneio igualmente atrativo para os jogadores em disputa, uma vez que, em toda a época, só os Grand Slams distribuem mais pontos.
Cada vitória na fase de grupos equivale a 200 pontos, enquanto um triunfo nas meias-finais corresponde a mais 400 na caixa de classificação. Já o grande triunfo, conseguido apenas na final, vale 500.
Posto isto, um campeão invicto neste torneio pode somar um total de 1500 pontos.
Além dos pontos e das possíveis subidas no ranking, também o prémio monetário é um fator de grande atração para os participantes.
Só o mero facto de participar vale cerca de 150 mil euros na carteira, sendo que cada vitória aumenta o prémio em mais 150 mil euros adicionais.
Já os dois tenistas que triunfarem nas meias-finais terão cerca de 460 mil euros garantidos.
Posto isto, e feitas as contas, caso alguém se sagre campeão invicto nas ATP Finals 2021, irá amealhar uma incrível quantia de cerca de dois milhões de euros.
Uma lenda à procura de mais história
Se há um favorito à conquista do título ele chama-se Novak Djokovic.
O sérvio, uma verdadeira lenda viva do circuito mundial, chega às ATP Finals 2021 com três Grand Slams no bolso (Open da Austrália, Roland Garros e Wimbledon) e certamente não vai querer perder a oportunidade de igualar o arqui-rival Roger Federer no topo dos maiores vencedores de sempre deste torneio.
Além de um “Nole” em grande forma, esta edição vai contar com três jogadores com sucessos importantes na sua trajetória (Medvedev, Zverev e Tsitsipas) e mais quatro que procuram dar passos firmes na trajetória pessoal.
As estrelas estão todas reunidas, por isso, abram as cortinas, porque os artistas estão preparados para brilhar.