As contratações milionárias fazem parte do mundo do futebol como todos sabemos.
Por isso mesmo, neste artigo quisemos compilar as 10 contratações de futebol mais caras de sempre.
Confere a lista abaixo!
10. Pogba (105M)
Juventus ➡ Manchester United
No verão de 2016, o United voltou a estar envolvido na transferência mais cara de sempre até então.
Se uns anos antes tinha vendido Cristiano Ronaldo ao Real Madrid por 100M, agora recuperava Pogba por 105M à Juventus.
Pogba já havia estado em Manchester. Em 2016 vinha de um Euro de alto nível em França e de sucessivas épocas de luxo na Juventus ao lado de Marchisio, Vidal e Pirlo.
Mais do que isso, tinha-se tornado um fenómeno de marketing, com uma imagem arrojada, jovem e facilmente publicitada. O seu dab é um dos grandes festejos da História do futebol.
5 anos depois, Pogba nunca parece ter sido realmente feliz em Manchester. Poucos títulos (1 Europa League foi o melhor que conseguiu) e durante anos foi a única estrela de uma equipa em reformulação.
Teve também atritos com vários treinadores e mesmo a sua imagem deixou de ser cool para ser visto como um jogador desleixado.
Pogba continua a ser um fenómeno, especialmente quando joga pela sua seleção.
Continua a ter tudo para ser um dos melhores médios do mundo, mas a cada época passa mais e mais despercebido.
Se comercialmente a sua contratação foi um sucesso, dentro de campo nunca mostrou valer o dinheiro que foi pago por si.
9. Hazard (115M)
Chelsea ➡ Real Madrid
Hazard levou o Chelsea às costas por muitos e muitos anos. Em Inglaterra foi campeão e o melhor jogador da liga em vários momentos.
No Mundial de 2018 foi, provavelmente, o melhor jogador do torneio. Em 2019 despediu-se do Chelsea com uma vitória categórica na Europa League.
Não foi difícil perceber porque o Real Madrid decidiu pagar tanto por Eden. Ronaldo tinha saído um ano antes e o belga parecia o próximo galáctico perfeito.
Só passaram duas épocas desde a entrada de Hazard em Madrid, mas era muito difícil que tudo tivesse corrido pior do que tem corrido.
Hazard tem tido incontáveis problemas com lesões, muitos problemas em manter o peso e raramente mostrou ser um jogador superior no Bernabéu.
A caminho dos 31 anos, com o corpo massacrado por lesões e um Real sem grandes estrelas, será preciso muito para Hazard ser novamente visto como um dos melhores jogadores do mundo.
8. Cristiano Ronaldo (117M)
Real Madrid ➡ Juventus
Após ser eliminado pela Juventus em 2018/19, Ronaldo transferiu-se para Turim num negócio que foi o 7º mais caro da História do futebol.
O melhor jogador da História do Real Madrid decidiu mudar de ares para procurar maior destaque, cimentar o seu legado e para conseguir conquistar mais uma Champions League para o seu palmarés.
Em certa medida, foi bem-sucedido.
Conseguiu continuar a marcar golos atrás de golos, agora noutro país.
A sua imagem não foi em nada beliscada, também – mais velho, é certo, mas continua a ser o arquétipo de futebolista de elite, dedicado à sua profissão.
Também ajudou a revitalizar a Serie A e comercialmente foi um enorme sucesso. Há zero de arrependimentos por parte do clube e valeu cada cêntimo gasto na sua contratação.
Ao nível dos títulos e ambições pessoais, nem tanto. Só venceu um troféu de melhor marcador em 3 possíveis. A Juve perdeu a Serie A ao fim de uma década.
Na Champions, o melhor que conseguiu foi uns quartos-de-final.
A época 2021/22 será fulcral para se perceber se o legado de Cristiano em Turim poderá ser marcado, também, pelo que conta no futebol: medalhas de ouro.
7. Jack Grealish (117.5M)
Aston Villa ➡ Manchester City
O City tem gasto rios de dinheiro nas últimas duas décadas, mas nunca pagou tanto por ninguém como o fez por Jack Grealish.
Dada a natureza recente do negócio, é impossível ainda medir o seu impacto comercial e desportivo.
Só o tempo dirá se Grealish foi um bom negócio para o City.
O médio de 25 anos tem sido um dos destaques da Premier League e o seu toque de bola e visão de jogo são inegáveis.
Foi a grande razão pela qual o Aston Villa passou do Championship para a primeira metade da Premier League.
Fica a faltar saber se poderá dar o salto para ser a estrela de uma equipa de elite.
Só há um aspeto que não deixa dúvidas: para o Villa foi o negócio do século.
6. Griezmann (120M)
Atlético Madrid ➡ Barcelona
No verão de 2020, o Barcelona precisava urgentemente de algo que agitasse a equipa.
Messi queria sair, Xavi e Iniesta já não estavam mais no clube e as compras de Coutinho e Dembélé não tinham tido o efeito desejado.
A solução parecia fácil: contratar a grande estrela da La Liga que não estivesse nos quadros de Barcelona ou Real.
Griezmann é um “bom rapaz”.
Personalidade de trato fácil e um jogador com classe dentro de campo. Até certo ponto, compreende-se a contratação.
O problema é que Griezmann nunca foi um bom fit no Nou Camp.
Veio tirar minutos a Suárez (o grande aliado de Messi), o seu período de adaptação foi demasiado longo e nunca pareceu ter o que era necessário para pegar nas rédeas do jogo culé e elevar o seu nível.
A sua qualidade é inegável e temos de ter em conta que o contexto em nada o ajudou, mas num Barcelona sem Messi, sem rumo e claramente desmotivado, terá Griezmann o que é preciso para se assumir como o líder da equipa?
5. João Félix (127.2M)
Benfica ➡ Atlético Madrid
Com o dinheiro que recebeu por Griezmann, o Atlético de Madrid procurou o seu substituto em Portugal e contratou João Félix ao Benfica.
Félix saiu de Portugal como um fenómeno.
Durante meio-ano parecia estar um nível acima de todos os outros. Tem pés de veludo, boa visão de jogo e aquela arrogância boa de querer decidir partidas com talento.
Mas era Félix o protótipo de jogador que brilha ao comando de Simeone? Não.
Dois anos após a transferência, João Félix parece crescentemente infeliz e quase esquecido por Madrid.
O seu tipo de talento nunca desaparece, mas pode sofrer imenso com o contexto em que está inserido.
Carrasco ou Ángel Correa têm sido mais influentes no Atleti, mas são justamente outro tipo de jogador.
São combativos, vão atrás da segunda bola e trabalham imenso para a equipa.
Félix não é pior que nenhum deles, mas é diferente.
Poderá essa diferença algum dia singrar em Madrid, ou só noutro clube poderemos voltar a ver aquele miúdo que levantou a Luz?
4 e 3. Coutinho e Dembélé (ambos por 135M)
Liverpool e Dortmund ➡ Barcelona
Quando, no verão de 2018, o Barcelona recebeu o dinheiro de Neymar, foi de imediato depositar 135 Milhões de Euros na conta de Liverpool e Dortmund para conseguir o concurso de Coutinho e Dembélé.
Afinal de contas, eram 2 belíssimos jogadores para substituir apenas 1. Podia correr mal?
Podia e correu. Depois, correu ainda pior.
Os casos de Coutinho e Dembélé não são semelhantes e falharam por razões distintas.
Coutinho foi durante muito tempo a estrela de um Liverpool em ascensão, mas sobre o brasileiro restaram sempre dúvidas sobre se o conseguiria fazer num patamar acima.
O jogo de Coutinho, embora brilhante, sempre foi individualista, quase frustrante para os adeptos.
Colocá-lo em Barcelona, uma equipa de futebol apoiado e em que todos os jogadores tocam a bola, não foi a melhor decisão.
A experiência foi tão pobre que o jogador foi emprestado ao Bayern de Munique, onde também nunca se conseguiu impor.
O caso de Dembélé não resultou (até hoje) por razões distintas.
De facto, o francês foi um fenómeno brutal durante a sua época no Dortmund.
Rápido, driblador, capaz de criar oportunidades para si e para os outros.
Valeria, no entanto, 135M aos 19 anos e após uma boa época numa equipa que não conseguiu lutar pela Bundesliga?
Não terá sido o dinheiro pago por ele que afetou a performance de Ousmane Dembélé, mas o facto do jogador não aguentar a pressão mediática de jogar no Barcelona e ter os holofotes sobre si.
Quando consegue ter minutos com regularidade, Dembélé ainda mostra ser um jogador fenomenal.
Ambidestro, com remate fácil, capaz de resolver um jogo sozinho.
O problema é que o francês raramente tem minutos regulares, porque é afetado por sucessivos castigos dos treinadores, castigos, falta de motivação.
Aos 24 anos, 2021/22 é porventura a última oportunidade para mostrar que pode pertencer ao topo do futebol.
2. Mbappé (145M)
Mónaco ➡ PSG
Em 2019, apenas com 18 anos, Mbappé entrou no Parque dos Príncipes como o segundo jogador mais caro de todos os tempos. Valeu tudo o que foi pago por si?
Cada cêntimo e mais algum.
Mbappé passou do Mónaco para o PSG e continuar a ser o jogador mais influente num campo de futebol.
É um fenómeno geracional. A sua velocidade de ponta, capacidade de decisão e frieza são inegáveis e vão marcar os próximos 15 anos de futebol, salvo alguma lesão.
É um atleta e um futebolista extraordinário e a sua influência cultural e desportiva valem bem o dinheiro que os parisienses pagaram por ele.
A única dúvida é se o PSG conseguirá renovar contrato com ele e não o perder a custo zero em 2022.
Se o conseguir, então Mbappé foi, na verdade, dos jogadores mais baratos da História.
1. Neymar (222M)
Barcelona ➡ PSG
Neymar nunca vai ser apreciado por todos.
É o jogador mais debatido no futebol desde Maradona nos anos 80. A sua personalidade é singular.
A sua habilidade é inquestionável, mas vista por muitos como desnecessária.
As suas redes sociais e festas privadas são tão conhecidas como as suas fintas.
É um jogador injustiçado, ainda assim. Não podemos discutir os 222M pagos por si e o facto de ser o jogador mais caro de todos os tempos.
Um montante destes vai sempre parecer excessivo, seja qual seja o jogador.
Quando falamos em injustiça, é porque o ódio em torno do futebolista (não interessa aqui o ser humano) é desproporcionado face ao que apresenta em campo.
Tem uma visão de jogo muito poucas vezes vista num campo de futebol, tem provavelmente a melhor capacidade de drible dos últimos 20 anos e a sua capacidade para não falhar oportunidades de golo é superlativa.
E tem títulos – muitos – e o condão de ter voltado a levantar a seleção brasileira do marasmo em que se encontrava.
No PSG, o clube passou também a competir seriamente pela Champions, com duas meias-finais e uma final.
O valor pago por ele e a posição no topo dos mais caros de sempre é algo que pode ser debatido, mas aí a culpa do jogador é nula.