Já aqui tínhamos falado na nossa antevisão ao quadro masculino de Roland Garros, do marco que era o regresso de Roger Federer aos grandes palcos, um evento por si só.
O suíço, não sendo favorito e com a sua performance uma incógnita, conseguiu ser de qualquer das formas uma das grandes estrelas do torneio de Paris, com os seus jogos a estarem no topo de audiências a nível mundial.
Ainda assim, Federer acabou por desistir.
Não por agravar ou contrair lesão, não por falta de qualidade para enfrentar o adversário da ronda seguinte mas, certamente, porque os objetivos do final de carreira do campeão suíço são outros…
Federer e a preparação para Wimbledon
Como mencionámos na antevisão a Roland Garros, Federer já tinha avisado que não deveriam contar com ele para lutar pelo título no grand slam de Paris.
O objetivo era conseguir o máximo de tempo em court possível, na preparação para Wimbledon e, posteriormente, os Jogos Olímpicos 2021.
Neste sentido, Roland Garros foi um sucesso para Federer.
O suíço venceu 3 jogos, mostrou-se a um muito bom nível e, embora longe do pico da sua forma (ou até de anos mais recentes como 2019), deixou sinais muito entusiasmantes para todos os que o apoiam e ainda sonham em vê-lo a erguer mais um grande troféu.
Após quase 500 dias sem disputar um encontro num grand slam e depois de duas operações ao joelho e mais de um ano de recuperação, a missão foi cumprida em Paris.
A preparação para Wimbledon, no entanto, não fica por aqui.
Já para a semana, Federer é cabeça de cartaz do torneio ATP 500 de Halle, na Alemanha.
Em Halle, Federer vai regressar à relva, ao piso onde ao longo da sua carreira foi mais dominante e ao torneio que costuma usar para se preparar para a relva de Londres.
Em 2019, venceu o seu 10º título em Halle e vai agora procurar a 11ª vitória.
Jogos Olímpicos 2021: O grande objetivo?
Na ilustre carreira de Roger Federer, há apenas um grande título que escapa ao Suíço – a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.
Em 2004, Federer chegava a Atenas como grande favorito, após dominar a temporada até então, chegando a número do ranking mundial e conquistando Australian Open e Wimbledon… mas acabou batido na primeira ronda por Tomas Berdych, na altura um prodígio de apenas 18 anos.
Quis então o destino que Federer nunca mais ultrapassasse por completo esse desaire e conquistasse a medalha de ouro.
Em 2008, novamente favorito, caiu nos quartos para James Blake, embora tenha conquistado o ouro em pares, junto a Stan Wawrinka.
E em 2012, na relva de Londres, após ter conquistado Wimbledon de forma imperial… perdeu na final por 3-0, frente a Andy Murray.
Em 2016 esteve ausente devido a lesão.
O adiamento dos jogos olímpicos de Tóquio trouxe-lhe agora uma última chance – quererá o destino recompensar Federer, detentor de uma das mais ilustres e brilhantes carreiras não só da história do ténis como do mundo do desporto, com o último grande título que lhe falta?
Federer parece acreditar que sim e, os rumores são de que é essa a principal razão do seu regresso aos courts.
Aconteça o que acontecer nos jogos olímpicos ou Wimbledon em 2021, o que é certo é que este parece ser o adeus definitivo a Federer.
Seja em Tóquio, em Nova Iorque no US Open ou até na Austrália no próximo ano, resta-nos apenas continuar a apreciar os últimos momentos, todos eles mágicos, em que Federer abençoa os courts com o seu estilo e charme inigualáveis na história do ténis mundial. Se queres descobrir mais sobre o mundo do ténis, recomendamos-te que leias o artigo sobre os 6 factos mais surpreendentes do ténis que escrevemos!