EURO 2020: Grupo C
HOLANDA • UCRÂNIA • ÁUSTRIA • MACEDÓNIA DO NORTE
Jornada 1 |
📍 | Jornada 2 |
📍 | Jornada 3 | 📍 |
Áustria vs Macedónia do Norte
13.06.2021
17:00 |
National Arena Bucarest |
Ucrânia vs Macedónia do Norte
17.06.2021 |
National Arena Bucarest |
Macedónia do Norte vs Holanda
21.06.2021
17:00
|
Amsterdam Arena |
Holanda vs Ucrânia
13.06.2021
20:00
|
Amsterdam Arena |
Holanda vs Áustria
17.06.2021
20:00
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Amsterdam Arena |
Ucrânia vs Áustria
21.06.2021
17:00
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National Arena Bucarest |
Equipas do Grupo C
Holanda
Em 2020 a Holanda vai disputar o seu 10º Europeu de futebol e venceu-o por uma vez, em 1988, numa das finais mais míticas de sempre, com um golo maravilhoso de Van Basten.
Para além disso, conseguiu 4 presenças nas meias-finais. No entanto, todo este palmarés brilhante pode ser revisto à luz de uma ausência em grandes competições desde que esteve presente no Mundial de 2014.
Vamos ao contexto, antes de mais.
A Holanda vai disputar todas as partidas da fase de grupos em Amesterdão.
Para além disso, está colocada naquele que é, inegavelmente, o grupo menos forte de toda a competição.
Todo o restante grupo, junto, tem menos presenças em Euros do que a Holanda e, ainda que não queiramos ser polémicos, terá também menos talento.
Um bom começo de competição é perfeito para uma equipa que, pese embora os pergaminhos e o talento, tem praticamente zero experiência a este nível (só Tim Krul e Blind já estiveram anteriormente numa grande competição de seleções).
Tradicionalmente uma equipa de tração ofensiva, esta Holanda é distinta nesse aspeto: comandada por um ex-defesa central, De Boer, tem no sector recuado homens como De Light, Blind, De Vrij, De Jong ou Aké a providenciar maior segurança defensiva do que é tradicional nos Países Baixos.
Na frente, Wijnaldum, Van de Beek, Depay, Promes ou Weghorst são craques com muita experiência.
Dado o contexto e a História, a Holanda é uma das candidatas a levantar o troféu.
Qual é que poderá ser, então, o elemento decisivo?
A performance dos seus jogadores mais jovens, que são já estrelas na Eredivisie, mas ainda com muito a provar a este nível.
Donyell Malen, Gravenberch ou Timber podem sair desta competição como os próximos grandes talentos do futebol mundial ou como um conjunto muito verde de jogadores – qual delas vai ser?
Ucrânia
A Ucrânia pode ser uma nação relativamente recente, mas este será o seu 3º Europeu seguido e, como sabemos, talento nunca faltou à selecção ex-URSS.
Poderão, finalmente, fazer mais do que ficar pela fase de grupos?
Tal como a sua congénere russa, a Ucrânia vai levar ao Euro maioritariamente jogadores que atuam na liga local. As excepções de renome são Yarmolenko, Zinchenko e Malinovskyti, todos jogadores de meio-campo e quase todos vindos de épocas excelentes nos seus clubes.
A grande quantidade de atletas do Dínamo de Kiev trazem sempre aquela vantagem extra de maior interconhecimento e rotinas entre os seus atletas.
A sua maior lenda futebolística, Shevchenko, é o treinador e nos últimos meses a equipa conseguiu um empate frente à França e uma vitória frente à Espanha, mas também caiu facilmente ante a Polónia e foi incapaz de vencer o Cazaquistão.
É uma seleção de duas faces, quiçá como nenhuma outra na competição.
A favor da Ucrânia está um grupo que tem uma equipa claramente superior (Holanda), uma de nível inferior (Áustria) e outra claramente inferior (Macedónia do Norte).
Numa competição em que os 3º classificados também podem atingir a fase a eliminar, as chances da Ucrânia se apurar para os oitavos-de-final são altas – mas pouco mais se poderá esperar a partir daí.
Áustria
A Áustria estará pela 3ª vez num Europeu, depois de se ter ficado pela fase de grupos em 2008 e 2016 e sempre sem conseguir vencer um único jogo.
Pode este pobre palmarés contar a história toda? Nem por isso.
Há algo que é preciso entender quando olhamos para a Áustria: o fenómeno Red Bull Salzburgo.
O Salzburgo é um dos clubes financiados pela Red Bull e que teve uma explosão na última década, sobretudo ao nível da formação, o que lhe permitiu mostrar (e vender) ao mundo um conjunto de jogadores bastante talentosos e capazes de, num dia bom, causar algumas surpresas.
Alaba, Stefan Lainer, Baumgartlinger, Schlager, Lazaro, Sabitzer ou Ilsanker são a face mais visível de uma equipa que actua quase toda na Bundesliga e que é bastante competente, ainda que não tenha propriamente futebolistas de craveira mundial (à excepção do defesa ex-Bayern Munique).
Nos últimos dois anos, a Áustria fez exatamente aquilo que se esperava dela: venceu os jogos contra seleções mais fracas, empatou partidas contra seleções do mesmo valor (Escócia ou Noruega) e perdeu quando a oposição era superior (como a Dinamarca).
Estamos perante um grupo de jogadores que não será propriamente excitante para os fãs e que raramente consegue assumir as despesas de um jogo, mas a solidez dos nomes e experiência dos atletas será suficiente para lutar pelo segundo lugar do grupo, com a Ucrânia.
Macedónia do Norte
À imagem da Finlândia, a Macedónia do Norte estreia-se aqui em grandes competições de futebol ao nível de seleções.
Nunca esteve presente em Europeus ou Mundiais e, por isso mesmo, só a sua presença já é motivo de festa.
As semelhanças com a seleção finlandesa não terminam por aqui, no entanto.
A Macedónia também é composta por jogadores que estão espalhados por campeonatos periféricos do continente europeu e não tem qualquer estrela na sua equipa.
Os dois jogadores mais conhecidos do público português serão Ristovski, o ex-Sporting, e Pandev, campeão europeu com José Mourinho no Inter e que ainda joga futebol, aos 37 anos.
Há aqui mais talento do que na Finlândia, com a presença de Bardhi, o centro-campista do Levante, Elmas do Napoli ou Alioski, o lateral todo-o-terreno do Leeds.
Mas será isso suficiente para repetirem o incrível feito de 31 de Março, quando foram vencer por 1-2 à Alemanha no apuramento para o Mundial de 2022?
Muito dificilmente. Afinal de contas estamos a falar de uma seleção que não conseguiu, nos últimos 12 meses, vencer partidas contra a Arménia, Roménia, Estónia ou Geórgia.
Nada que faça os Macedónios deixarem de sorrir, no entanto.
Bem-vindos aos grandes palcos do futebol europeu!