EURO 2020: Grupo E
ESPANHA • ESLOVÁQUIA • POLÓNIA • SUÉCIA
Jornada 1 | 📍 | Jornada 2 | 📍 | Jornada 3 | 📍 |
Polónia vs Eslováquia 14.06.2021
17:00 |
Krestovsky Stadium S. Petesburgo |
18.06.2021 |
Krestovsky Stadium S. Petesburgo |
Eslováquia vs Espanha 23.06.2021 17:00
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La Cartuja Sevilha |
Espanha vs Suécia 14.06.2021
20:00
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La Cartuja Sevilha |
Espanha vs Polónia 19.06.2021
20:00
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La Cartuja Sevilha |
Suécia vs Polónia 23.06.2021 17:00
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Krestovsky Stadium S. Petesburgo |
Equipas do Grupo E
Espanha
Falar de Euro é falar da Espanha.
É a terceira selecção com mais presenças, só atrás da Rússia e Alemanha e é a equipa com mais títulos na competição, ex-aequo com os germânicos – levantaram o caneco em 1964, 2008 e 2012, para além de terem sido finalistas em 1984.
Em 2016 e 2018 ficaram-se pelos oitavos e foram a desilusão do Euro e do Mundial.
O Euro 2020 vai trazer mais desilusão ou o regresso aos momentos decisivos?
Vamos começar pelos pontos negativos que a Espanha terá na luta pelo Europeu: esta geração, ainda que muito boa, não é tão extraordinária como aquela que teve Xavi, Iniesta ou Villa.
Na defesa faltam Piqué e Sérgio Ramos e no ataque não há a mesma qualidade de outros tempos.
É, de facto, um ponto negativo bastante importante, mas também é praticamente o único.
A Espanha vai disputar toda a fase de grupos em Sevilha e, de todos os candidatos, é claramente a seleção com o grupo mais fácil e com os oitavos-de-final mais acessíveis (vai cruzar-se com um 3º classificado, caso vença o grupo).
No pior dos piores cenários, poderia encontrar a Inglaterra nos quartos-de-final, mas até lá o caminho está aparentemente livre.
A Espanha leva um único estreante a este Euro, Laporte, e mesmo aí estamos a falar de um jogador com 27 anos e muito futebol de alto nível nas pernas.
No meio-campo, Busquets, Thiago, Rodri, Llorente e Dani Olmo continuarão a fazer do centro do terreno espanhol um dos mais fortes do mundo.
É na frente de ataque que residem as maiores dúvidas, entre a utilização de Morata ou Gerard Moreno, dois jogadores que trazem coisas bastante diferentes ao jogo.
É fácil perceber porque é que os analistas não colocam a Espanha como uma das grandes favoritas, mas também pensavam assim aquando da vitória por 6-0 frente à Alemanha, há pouco mais de meio-ano.
La Roja não é, de facto, tão candidata como França ou Inglaterra, mas está imediatamente no grupo seguinte, junto a Portugal, Alemanha e Itália.
Suécia
A História da Suécia em Europeus é feita mais de presenças (esta é a 7ª) do que brilharetes (o único foram as semi-finais em 1992).
O que podemos esperar de uma Suécia sem Zlatan?
Na verdade, as expectativas para os suecos são baixíssimas.
É verdade que o grupo é acessível e que há algum talento emergente (Kulusevski, Isak e Cajuste) que deixam água na boca, mas há muito pouco mais do que isso.
A Suécia encontra-se numa daquelas encruzilhadas de ter uma geração que está a terminar a carreira ou na pior fase da carreira – Granqvist, Lustig, Jansson, Ekdal e Marcus Berg já foram muito úteis, mas são hoje a espinha-dorsal de uma seleção com uma média de idades muito alta e sem jogadores suficientes que prometam uma boa década seguinte.
A Suécia continua a ser uma seleção que não falha quando menos se espera: nos últimos meses venceu Kosovo, Géorgia, Estónia e Finlândia.
O pior é que raramente, se é que alguma vez, conseguem disputar jogos contra equipas que estão um bocadinho acima do seu nível – no mesmo período, perderam contra França, Dinamarca, Croácia e Portugal, sempre de forma inequívoca.
Se o contexto ajudar e a Suécia estiver a um nível superior ao esperado, os quartos-de-final não são impossíveis de atingir, mas fica extremamente difícil pensar em algo mais do que isso.
Polónia
A Polónia é daquelas raras seleções com mais sucesso em Mundiais (esteve em 8, com duas meias-finais) do que em Europeus (este é o seu 4º, ainda que consecutivo) e não tem o grupo de jogadores mais entusiasmante da competição, mas será uma equipa a ignorar?
Nem por isso, na verdade.
A Polónia pode não ter nesta a sua geração de ouro, mas a verdade é que vão já no 4º Europeu consecutivo e os resultados só têm vindo a melhorar – depois das eliminações na fase de grupos em 2008 e 2012, conseguiram atingir os quartos-de-final em 2016, onde só caíram aos pés de Portugal e na marcação de grandes penalidades!
No banco, estará alguém bem conhecido dos portugueses: Paulo Sousa, uma ex-estrela do futebol nacional e que tem feito um percurso consistente nos bancos.
No campo, terão somente o atual melhor jogador do mundo, Robert Lewandowski.
Dois membros servem para sonhar? Não, mas há bem mais nesta equipa.
Na baliza há Szczesny, o guarda-redes da Juventus.
Na defesa há jogadores vindos dos principais campeonatos europeus: Glik e Bednarek no eixo, Bereszynski e Dawidowicz nas lateiras.
No meio-campo temos dois box-to-box em Klich e Zielinski, ambos vindos de grandes épocas e no ataque, para além de Milik, há o tal jogador que tem batido todos os recordes de golos marcados na Bundesliga: Lewandowski.
Há muitas interrogações (como vai Paulo Sousa apresentar a Polónia taticamente é a maior), mas também muitas certezas nesta seleção polaca.
Repetir a proeza de 2016 está ao alcance dos polacos – mais do que isso, é preciso ver o que a sorte e a mentalidade trazem.
Eslováquia
Se excluirmos do palmarés da Eslováquia as suas participações enquanto parte integrante da Checoslováquia, há a registar uma única presença em Europeus, a de 2016.
Os eslovacos estiveram acima das expectativas nesse verão, no entanto, com uma vitória sobre a Rússia e um empate frente à Inglaterra, passando o grupo e caindo apenas nos oitavos perante a Alemanha.
Um possível cenário onde a Eslováquia repita este feito já seria uma enorme conquista para a selecção de Stefan Tarkovic.
Não se esperam grandes jogos por parte da Eslováquia, ou talento individual digno de registo, mas há todo um grupo coeso capaz de tornar a vida difícil aos seus adversários – raramente esta seleção perde sem dar luta, ainda que também demonstre grandes dificuldades em ferir adversários simples, como Malta ou Israel.
É a típica seleção com que se consegue simpatizar, ainda que nunca se sonhe que possa chegar mais alto do que aquilo a que o seu estatuto se propõe.
Em campo, uma última oportunidade para ver Marek Hamsik, que com 126 internacionalizações ainda não deixou de representar o seu país.
Skriniar é o líder indiscutível da defesa, Kucka e Duda os talentos de meio-campo e Bozenik, actualmente no Feyenoord, o homem que vai liderar a linha ofensiva.
Com apenas 3 homens abaixo dos 23 anos, também não é de esperar que venhamos a conhecer talento novo nesta seleção.