EURO 2020: Grupo F
HUNGRIA • PORTUGAL • FRANÇA • ALEMANHA
Jornada 1 | 📍 | Jornada 2 | 📍 | Jornada 3 | 📍 |
Hungria vs Portugal 15.06.2021 17:00
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Puskás Aréna Budapeste |
19.06.2021 |
Puskás Aréna Budapeste |
23.06.2021 |
Puskás Aréna Budapeste |
15.06.2021
20:00
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Allianz Arena Munique |
19.06.2021
17:00
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Allianz Arena Munique |
23.06.2021 |
Allianz Arena Munique |
Equipas do Grupo F
Hungria
Longe dos seus tempos áureos, a Hungria chega à fase final de um Euro pela 4ª vez na sua História, sendo que em duas ocasiões atingiu as meias-finais, mas ambas há quase meio século, em 1964 e 1972.
Os magiares foram uma das equipas mais importantes do mundo na primeira metade do século XX, mas desde então eclipsaram-se.
Podemos ter o ressurgimento neste Europeu?
Não. A Hungria não tem só umas seleções menos fortes da competição, como também teve o azar de calhar num grupo que tem 3 (!) candidatos à vitória final.
Para Portugal, França e Alemanha, o jogo da Hungria é a única almofada de segurança no grupo da morte.
Se é verdade que em 2016 os húngaros conseguiram passar a fase de grupos e até empatar com Portugal, também é verdade que esse grupo era composto também por Islândia e Áustria, ao invés de França e Alemanha.
Além disso, nessa altura apanharam Portugal na última jornada, ao passo que agora o farão na primeira.
Há aqui nomes dignos de registo. Gulacsi, Szoboszlai e Orban, todos do RB Leipzig ou Nagy, do Bristol, mas pouco mais do que isso.
A seleção comandada por Marco Rossi apresenta-se sempre num 4-5-1 muito compacto e chato de se defrontar, mas o grupo em que foi colocado será provavelmente o único em que as suas chances de passar são bastante reduzidas.
França
Campeã do Mundo em título, a França vai disputar o seu 10º Europeu, tendo vencido a competição em 1984 e em 2000.
Se no Rússia 2018 a França ainda surpreendeu alguém com a vitória clara, em 2021 já poucos serão capazes de colocar os gauleses fora da luta.
Pior do que isso: estão ainda mais fortes do que antes. Como é que se param les bleus?
Atualmente, não há comparação possível com o talento francês, nem fora do continente europeu.
A seleção de Deschamps tem a melhor coleção de jogadores da competição e quase conseguia fazer outra equipa candidata com os jogadores que ficaram de fora.
Lloris; Varane, Pavard, Lucas Hernandez, Digne; Pogba, Kanté e Rabio; Mbappé, Benzema e Griezmann.
Este é um XI possível da França, do qual deixamos de fora Dembelé, Coman, Lemar, Kimpembe, Tolisso ou Giroud.
Aouar, Camavinga, Fekir, Martial ou Mendy são jogadores que ficam em casa.
Só uma implosão da própria seleção, semelhante à de 2006, pode colocar em causa o favoritismo francês.
Nas grandes partidas contra outros concorrentes, os franceses poderão cair, obviamente, mas serão sempre os favoritos a vencer.
Contra si, só uma coisa: o peso das expectativas.
Tudo o que não seja levantar a taça na final de Wembley será uma desilusão.
Alemanha
Com a Alemanha, estamos perante a seleção com mais presenças num Europeu de futebol (13, não falhando uma única desde 1972) e com mais vitórias (1972, 80 e 96), para além de finais perdidas em 76, 92 e 2008 e semi-finais em 88, 2012 e 2016.
É mais fácil elencar os anos em que os alemães falharam o pódio: 1984, 2000 e 2004, apenas.
Com um palmarés destes é muito difícil de imaginar uma Alemanha que não chegue aos momentos decisivos.
Os germânicos continuam a ter gerações atrás de gerações entusiasmantes.
Com 25 anos ou menos teremos Sule, Klostermann, Koch, Havertz, Musiala, Neuhaus, Sané, Gnabry e Timo Werner.
Poucos são os jogadores acima dos 30 anos, e mesmo esses estão ainda no pico das suas carreiras, como Neuer, Muller ou Kroos.
No meio destes dois grupos, nomes como Gundogan, Goretzka, Kimmich ou Rudgier.
Estamos conversados sobre a qualidade do grupo, certo?
Na luta com Portugal e França, a Alemanha tem uma grande vantagem e uma grande desvantagem.
Do lado da vantagem está o facto de ser a única das três equipas que joga em casa.
Vai receber Portugal e França em Munique e, quer se queira, quer não, é uma vantagem assinalável, especialmente numa competição onde os adeptos estarão de regresso ao estádio.
Contra si, tem o facto de ter comunicado antes da competição que Low não vai continuar na equipa – o efeito de uma decisão destas numa competição internacional é de salientar, bastando recordar a hecatombe espanhola em 2018.
Que Alemanha teremos no Euro – aquela que venceu confortavelmente todos os adversários no Mundial do Brasil e no Euro 2016 (até encontrar a França) ou aquela que em Novembro perdeu 6-0 em Espanha e foi derrotada em casa em Fevereiro frente à Macedónia do Norte?
A primeira é mais do que capaz de vencer o Europeu, a segunda pode muito bem ser a desilusão da prova.
Portugal
23 seleções depois, somos chegados a Portugal.
Esta é a 8ª vez que Portugal estará num Euro, sendo que, como todos sabemos, tem uma vitória na competição, em 2016.
Também atingiu a final em 2004 e foi por 3 vezes às meias-finais, em 84, 2000 e 2012.
Portugal tem nesta a sua geração de ouro e aparentemente o futebol português não tem abrandado na produção de talento.
Cristiano Ronaldo continua a capitanear a equipa, Fonte, Pepe, Moutinho, Renato Sanches e William continuam na equipa que venceu em 2016 e ainda há novo talento como João Félix, Diogo Jota, Pote, Ruben Neves, Nuno Mendes ou Ruben Dias.
Tudo isto sem ainda termos tocado em nomes como Bruno Fernandes, João Cancelo, Bernardo Silva ou André Silva.
Todos a virem de temporadas extraordinárias e a serem influentes na elite do futebol mundial.
Há mais, muito mais do que 11 jogadores de elite na seleção nacional, fazendo desta, no papel, a 2ª ou 3ª equipa mais forte presente neste Euro.
São conhecidos os problemas de Portugal, embora até esses possam ser, na verdade, forças: a equipa tem alguma dificuldade em assumir o jogo e em dominar o adversário, mas por outro lado é um conjunto fortemente equilibrado e muito, mas mesmo muito difícil de vencer.
Que Ronaldo teremos no Euro? Podem Félix e Renato recuperar a sua melhor forma?
Ruben Dias e Bruno Fernandes vão levar as suas versões premier ao Euro? Diogo Jota e André Silva vão marcar golos com a mesma facilidade com que fizeram nos seus clubes?
A resposta a estas questões é o que vai definir se Portugal conseguirá repetir o feito de 2016 ou ficar pelo caminho mais cedo.