O primeiro jogo das finais da NBA não defraudou as expectativas.
O regresso (inesperado) de Giannis ajudou a dar brilho ao court da Talking Stick Resort Arena (sim, leram bem) e não faltaram motivos para ficarmos colados ao ecrã, apesar dos Suns terem liderado grande parte do encontro.
Chris Paul estreou-se nas finais com uma performance épica. Foram 32 pontos, 9 assistências e um domínio total de todos os momentos do jogo ofensivo dos Suns. Teve muita ajuda (já lá iremos), mas a estrela dos Suns começou estas finais com muita pressão em cima e voltou a estar à altura do desafio.
Do outro lado, o regresso de Giannis não foi suficiente para colmatar algumas dificuldades expectáveis neste match-up. Holiday marcou apenas 10 pontos e os Bucks nunca conseguiram lidar com a mestria de Chris Paul e do ataque dos Suns.
A boa notícia para os Bucks, e para todos os fãs que querem ver esta série chegar a 7 jogos, é que há muito por onde melhorar.
O Point God finalmente chegou ao Olimpo
Chris Paul foi o rei e senhor deste primeiro jogo e a principal chave do sucesso dos Suns.
O veterano base de 36 anos mostrou que está numa das melhores formas da carreira e desde cedo começou a delinear o plano para aquilo que viria a ser uma verdadeira obra-prima: procurar Brook Lopez e Bobby Portis nas trocas, atacá-los e forçar a ajuda ou aproveitar as debilidades dos mesmos para ele próprio lançar ao cesto.
Mas se Paul esteve sublime a usar ângulos através do drible e do passe para destruir a defesa dos Bucks, muito para isso contribuiu o trabalho de DeAndre Ayton.
O poste dos Suns continuou os seus magníficos playoffs, marcando 22 pontos em apenas 10 lançamentos, e gerando o caos através dos seus bloqueios e constantes cortes para o cesto.
Ayton é um problema em campo, não só porque está sempre no sítio certo mas porque é sempre capaz de finalizar e não desperdiça um passe.
Bridges, Johnson e claro Booker também contribuíram muito para o sucesso ofensivo.
Apesar de não ter sido dos melhores jogos de Devin Booker nestes playoffs, a estrela dos Suns obrigou Holiday a muito trabalho e juntamente com os seus parceiros das alas ajudou a manter a defesa dos Bucks em cheque.
Payne também teve o seu momento e continua a jogar com uma confiança tremenda.
Do outro lado, a estratégia de continuar a trocar todos os bloqueios acabou por gerar as dificuldades expectáveis. Brook Lopez primeiro e Bobby Portis depois, tiveram imensas dificuldades sempre que ficavam frente a CP3 ou Booker.
Giannis ainda ajudou a dificultar algumas linhas de passe e as ajudas da equipa dos Bucks estiveram próximas do rigor habitual… o problema é que os Suns tiveram quase sempre mais uma opção em campo para finalizar a jogada e chamados a cumprir, os roleplayers raramente desiludiram.
Os 0 lançamentos concretizados de Crowder foram a excepção, mas o extremo dos Suns fez um jogo defensivo excepcional.
O que é que os Bucks podem melhorar?
A melhor parte do jogo 1 para os Bucks é que é fácil perceber o que falhou.
Defensivamente, mesmo mantendo a estratégia que tem resultado durante a época quase toda, há várias coisas que podem mudar.
Holiday começou em Devin Booker e embora tenha sido Chris Paul a assumir o jogo desde o início, viu-se muitas vezes Holiday trocar nos bloqueios e depois ficar numa posição de ajuda imediata entre o seu defensor e a bola.
Seria interessante, contra Paul ou Booker, ver Holiday a procurar combater o bloqueio e seguir o seu atacante mais vezes. O 2×1 na saída dos bloqueios também pode ser uma hipótese.
Acima de tudo, os Bucks têm de começar cedo a tentar dificultar a vida aos bases de Phoenix.
Do outro lado do campo, também há margem para melhorar.
Jrue Holiday marcou apenas 10 pontos e se é verdade que falhou alguns lançamentos exteriores “fáceis”, também nem sempre viu a vida ser-lhe facilitada. O mesmo se pode dizer de Khris Middleton, que apesar dos seus 29 pontos fez mais turnovers que assistências.
Insistir mais no pick ‘n roll, não só com Lopez mas também com Giannis, pode ajudar.
A troca dos minutos de Portis, que foi completamente inofensivo no ataque e acumulou maus momentos defensivos, por Forbes (melhor performance ofensiva da equipa foi com ele em campo), um dos melhores lançadores da liga em movimento, pode trazer mais espaço e ajudar nos momentos em que os Suns defendem zona.
Forbes é, sem dúvida, um dos defensores mais fracos da liga. Mas os Suns vão ter quase sempre um de Jay Crowder ou Torrey Craig em campo, pelo que há espaço para “esconder” Forbes.
Que Giannis vai aparecer no jogo 2 das finais da NBA?
Para além de alguns pequenos ajustes que já referimos, a grande chave para o sucesso dos Bucks continua a ser Giannis Antetokounmpo.
No jogo 1, o grego entrou com tudo. 8 pontos (3/4 FG), 2 idas para a linha de lance livre (2/4) e 2 assistências no primeiro período.
Giannis teve sucesso no 1×1 contra Ayton e Crowder. Finalizou jogadas após bloqueio. Foi como se nunca se tivesse lesionado.
Mas foi sol de pouca dura.
No segundo período teve um espetacular desarme de lançamento e continuou a ser importante na tabela defensiva, mas só tentou dois lançamentos debaixo do cesto e não sacou qualquer falta.
Na segunda parte inteira, Giannis lançou apenas 4 vezes e duas dessas tentativas foram jump shots. No último período foi à linha de lance livre por mais 4 vezes (5/8), mas nunca impôs a sua presença, especialmente a meio campo.
Se no jogo 2 tivermos o Giannis do primeiro período durante todo o encontro, a série pode mudar de imediato a favor dos Bucks.
Os Suns começaram a controlar o primeiro jogo a partir do momento em que Giannis se tornou mais passivo. Não será coincidência.
Um Giannis agressivo obriga a muito mais trabalho não só de Ayton ou Crowder, como da restante equipa, pois como o grego provou no primeiro período, ninguém o consegue parar 1×1.
Esta pressão ajudará os Bucks não só ofensivamente, como também pode produzir um efeito positivo do outro lado do campo, até porque ter Giannis a procurar finalizar debaixo do cesto ao invés de Holiday, Middleton ou qualquer outro a forçar o lançamento exterior, ajuda a cortar nas chances de transição para os Suns.
A equipa de Phoenix marcou 20 pontos em contra-ataque, mais 3 que os Bucks, mais 6.9 que a sua média durante a época (13.1 por jogo) e mais 8.5 que a sua média nos playoffs (11.5 por jogo)!
Este factor também ajudou a pender a balança a favor dos Suns.
Os Suns fazem o 2-0 ou vai tudo empatado para Milwaukee?
O primeiro jogo confirmou muito do que se esperava nesta série e não há volta a dar a isto: se Giannis não estiver a 100%, os Phoenix Suns são favoritos, não só a voltar a vencer no jogo 2, como a conquistar o título de campeões.
Mas Giannis já jogou parte do primeiro jogo como se estivesse na plenitude da sua condição física.
Faltou a energia e a resistência para manter o nível durante o jogo todo. Problemas de cansaço relacionados com a falta de ritmo, ou algo mais? É impossível saber.
Os Suns podem e devem manter a estratégia para o segundo jogo. Paul poderá não ter o mesmo acerto no lançamento, mas Booker está pronto para subir a parada e é pouco provável que Crowder volte a ficar em branco.
Em equipa que ganha não se mexe e há a sensação de que Monty Williams ainda não tomou uma decisão errada nestes playoffs.
Os Bucks podem fazer vários ajustes, como fomos referindo. Há demasiado talento para acabar o jogo com um ORTG de 104 (vs 117.2 de média na época regular).
Acima de tudo, há que facilitar a vida a Middleton e Holiday e há que tentar coisas novas, algo que Mike Budenholzer nem sempre gosta de fazer.
Pedem-se ajustes e não uma revolução.
Os Suns deverão ganhar o jogo 2, mas a tarefa não vai ser nada fácil.
Aconteça o que acontecer neste jogo, estamos provavelmente perante as melhores finais da NBA desde o milagre dos Cavs de Lebron James em 2016.
Como fãs da NBA, cabe-nos aproveitar cada uma destas noites fantásticas!
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