Nem todos os jogadores terminam a sua carreira cedo. Muitos futebolistas continuam a brilhar nos relvados e a conquistar grandes títulos para o seu clube.
Neste artigo selecionamos 4 futebolistas de sucesso que atingiram o pico depois dos 30 anos.
Vamos a isso?
4 futebolistas de sucesso após os 30:
1. Dennis Bergkamp
Dennis Bergkamp estreou-se aos 17 anos e já era um jogador talentoso no Ajax.
Um avançado cujo desígnio em Amesterdão era fazer esquecer Marco Van Basten, uma das lendas do clube.
Entre 91 e 93, foi sempre o melhor marcador da Eredivisie e venceu uma Taça Uefa, o que convenceu o Inter a pagar uma boa quantia por ele e levá-lo para Itália, com 24 anos.
Não correu bem, em Milão. 2 épocas marcadas por poucos golos, lesões e confrontos com a imprensa.
Com 26 anos, Bergkamp parecia um daqueles jogadores que nunca ia cumprir com as expectativas.
Bergkamp assinou com o Arsenal e a primeira época foi novamente uma desilusão. É aqui que entra Wenger na história.
O treinador francês entrou no clube e tornou-o num jogador diferente: mais cerebral, Bergkamp deixava de ser um 9 para passar a ser um 10 dentro de campo.
A mudança foi lenta e dura para o holandês, mas eventualmente provou ser perfeita para todas as partes.
É só aos 30 anos, depois de um Mundial de 98 assombroso, que Dennis se torna o futebolista de sucesso que todos conhecemos – um tipo com recursos técnicos infinitos e que via o jogo em câmara lenta.
Um bailarino num corpo de futebolista, que dos 30 anos até ao fim da carreira venceu 2 Premier League, 3 Taças de Inglaterra e marcou um dos melhores golos de todos os tempos, ao Newcastle.
2. Di Natale
Na primeira fase da sua carreira, Di Natale era um bom avançado da Serie B (a 2ª divisão italiana).
Na sua melhor época antes dos 30, no Empoli, marcou 18 golos em 42 jogos – dificilmente um feito digno de registo.
É com 28 anos que Di Natale chega a um clube maior, a Udinese.
Na primeira época faz 11 golos, na segunda faz 16.
Com 31 anos fez 18 golos e a partir daí aconteceu o impensável: Antonio Di Natale começou a marcar mais golos à medida que ia ficando mais velho.
Com 32 anos, meteu 29 golos na Serie A, com 33 foram 28, com 34 voltou a marcar 29 e a vencer o prémio de Melhor Marcador.
Aos 35 anos, Di Natale fez 26 golos na liga. Haveria de jogar até aos 37, época em que ainda conseguiu fazer 19 golos.
O verdadeiro Benjamin Button do futebol.
3. Paolo Maldini
Um dos maiores nomes da História do futebol e exemplo de futebolista de sucesso, Paolo Maldini foi sempre um belíssimo jogador, dos 17 aos 39.
Na primeira metade da sua carreira, Paolo Maldini era utilizado sobretudo a lateral-esquerdo, porque o eixo da defesa do AC Milan (e da Itália) estava entregue a Baresi e Costacurta.
Apesar de uma carreira bem-sucedida, é inegável que a grande fatia de sucesso veio já depois dos 30 anos.
Com a reforma de Baresi, Maldini passou a ser capitão e defesa-central no AC Milan.
A partir daí, a carreira só melhorou o que já era um currículo extraordinário.
Chegou à final do Euro 2000, foi o melhor jogador da final da Champions de 2003, aos 35 anos e viria a jogar ainda a Champions de 2005 e a de 2007, esta última já com 39 anos e jogando os 90 minutos da partida, antes de levantar a taça.
Ainda jogaria até aos 41 anos, sendo que na última época foi titular em 32 dos dos 38 jogos no campeonato.
4. Eric Abidal
Entre Mónaco, Lille e Lyon, Abidal fez um bom início de carreira na Ligue 1.
Um lateral esquerdo seguro, bom na saída de bola e que aos 27 anos começava a ser chamado à selecção.
Foi sem grande surpresa que Frank Rijkaard pediu a sua contratação para o Barcelona, quando o francês já tinha 28 anos, para ser titular no lado esquerdo da defesa, em vez de Sylvinho.
Já Abidal tinha 29 anos quando Pep Guardiola chegou a Camp Nou e transformou a sua carreira.
Abidal passou a fazer parelha com Puyol no centro da defesa e tornou-se num dos centrais mais elegantes das últimas duas décadas.
Composto e excelente a combinar com Busquets e Valdés na saída de bola – um central verdadeiramente à Guardiola.
Antes dos 30, Abidal nunca tinha vencido um título de alto calibre.
Depois dos 30? 4 vezes vencedor da La Liga, 2 Ligas dos Campeões e 2 Campeonatos do Mundo de Clubes.
Dos 30 aos 34 anos, Abidal venceu tudo naquela que foi, sem dúvida, uma das melhores equipas de sempre.
Só um cancro haveria de abrandar Abidal e impedir que ele continuasse a ser um dos melhores centrais do mundo.
Ultrapassada a doença, ainda viria a jogar no Mónaco e no Olympiakos, sendo campeão grego antes de se reformar, definitivamente, aos 37.