A F1 já começou e o GP Bahrain trouxe-nos tudo o que esperávamos e muito mais!
Esta parece mesmo poder ser a época mais excitante da F1 em muitos, muitos anos e todas as corridas serão interessantes e, quiçá, fundamentais.
Para o GP de Imola, estes são os 3 maiores pontos de interrogação em cima da mesa!
A Red Bull está mesmo um passo à frente?
Nunca um 2º e um 5º lugar foram tão esclarecedores.
Max Verstappen não venceu no Bahrain, Sérgio Pérez não conseguiu um pódio e, no entanto, todos pareceram mais assustados do que nunca com a evolução da Red Bull.
Antes de mais, expliquemos: Max Verstappen foi, sem dúvida, o piloto mais rápido no Bahrain.
Não ganhou, é certo, mas isso explica-se por um problema mecânico com o acelerador que afectou o seu carro durante toda a corrida e com uma decisão da direcção da corrida que, na penúltima volta, ordenou a Verstappen que deixasse Hamilton passar devido a uma trajetória abusiva do holandês.
Quanto a Sérgio Pérez, que terminou em 5º, a história é ainda mais simples.
O mexicano teve um problema electrónico ainda antes de arrancar e teve de começar o GP a partir das boxes!
Saiu do último lugar e com um atraso considerável, o que ainda assim não o impediu de ultrapassar todo e qualquer piloto que não os Mercedes, Max e Lando Norris.
Long story short: a Red Bull foi a equipa mais rápida durante todo o fim-de-semana, confirmando que o desenvolvimento feito na pré-época resultou mesmo numa vantagem de alguns segundos sobre a competição, especialmente a Mercedes.
A Red Bull está mesmo um passo à frente? É algo para percebermos em Imola.
Com os testes de pré-época feitos no Bahrain, a verdade é que até agora só vimos as equipas de 2021 numa pista apenas.
Por outro lado, entre os testes e o primeiro Grande Prémio, a Mercedes pareceu conseguir recuperar também alguns segundos.
A primeira corrida da época na Europa vai deixar-nos perceber o que é que são mind games e o que é que é mesmo verdade.
Mazepin vai terminar o GP de Imola?
A carreira de Mazepin na F1 já corria mal mesmo antes de começar a época. Aliás, mesmo antes de sequer o piloto chegar à Fórmula 1.
O piloto russo já na F2 deixava muitos fãs (e adversários) de cabeça perdida por causa do seu excesso de agressividade e manifesta falta de cuidado em muitos momentos na pista.
Logo após ser anunciado pela Haas como piloto para 2021, Nikita Mazepin também fez capa de jornais por um caso de assédio sexual nas redes sociais.
Como se não bastasse, o facto do pai ser o principal investidor da Haas faz com que Mazepin seja visto como um piloto cujo assento depende do dinheiro do progenitor e não propriamente do seu talento.
Isto tudo foi ainda antes do Bahrain. No Médio Oriente, na primeira corrida da época, o fim-de-semana não podia ter corrido pior para o jovem piloto.
Em todos os momentos – dos treinos livres à qualificação, passando pela corrida em si – Mazepin pareceu nervoso e incapaz de controlar o monolugar que conduz.
Na sexta e sábado teve episódios de saída de pista que foram atribuídos ao nervosismo e ao próprio carro.
No Domingo, no entanto, as evidências foram esmagadoras: Mazepin saiu de pista logo na primeira curva da primeira volta, sem sequer que alguém tenha tocado no seu carro.
Foi a estreia mais curta de um piloto por um erro não-forçado em toda a História da modalidade.
Não será surpreendente que uma das grandes interrogações para Imola seja mesmo se Mazepin vai conseguir terminar o Grande Prémio ou se continuará a ter os holofotes sobre si pelas piores razões possíveis.
Qual é a verdadeira velocidade dos Alpha Tauri?
O Bahrain permitiu-nos perceber algumas coisas das quais já desconfiávamos.
A McLaren está à frente de todas as outras equipas que não se chamem Red Bull Racing e Mercedes.
A Aston Martin, no outro lado do espectro, também deixou a ideia de que regrediu face à velocidade que apresentou em 2020 (quando então se chamava Racing Point).
A Haas é definitivamente a pior equipa e as equipas com motor Ferrari estão num sentido ascendente. Tudo isto ficou claro.
O que não ficou completamente claro e deixou água na boca foi a velocidade dos Alpha Tauri.
Tsunoda teve alguns momentos excitantes de condução e conseguiu um 9º lugar na sua estreia.
Gasly partiu a asa dianteira e a partir daí a sua corrida terminou.
Nos treinos livres e na qualificação, no entanto, a Alpha Tauri pareceu muitas vezes a 5ª equipa mais rápida do pelotão, à frente da Renault e Aston Martin e quase a par da Ferrari.
Foi um evento isolado na época, ou há mesmo razões para achar que a Alpha Tauri tem uma palavra a dizer na luta pelo prémio de melhor equipa das restantes? Para ver em Imola.