A maior competição de clubes do mundo está de volta e cada vez mais perto do seu final.
Há confrontos históricos, há Portugal ainda em prova e um certo submarino amarelo preparado para estragar uma festa bávara.
Descobre quais os favoritos a seguir em frente na antevisão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões no blog Solverde.pt!
Manchester City vs Atlético Madrid
Pep vs Simeone. O bem contra o mal. Criatividade vs disciplina.
Este confronto dos quartos-de-final é um choque de ideias e narrativas, sobretudo. São duas escolas de pensamento antagónicas e que se temem mutualmente.
No papel, o favoritismo estará do lado da equipa de Manchester. Os homens de Guardiola têm feito uma melhor época, têm estado pertíssimo de vencer o troféu nas últimas épocas e parecem chegar aqui em melhor forma.
Do outro lado está o Atleti e o seu Cholismo. Não tem sido uma época brilhante para os homens de Simeone, mas os seus níveis de concentração e coesão são notáveis sempre que chegam a estes jogos a eliminar.
Seria surpreendente se o City fosse eliminado? Sim. Contudo, não seria a primeira – nem a última – equipa a cair às mãos do pragmatismo do Atleti, especialmente quando João Félix está verdadeiramente de volta à forma que mostrou no Benfica.
Benfica vs Liverpool
As notícias da morte do Benfica, nos oitavos-de-final, foram manifestamente exageradas.
Os encarnados não foram superiores ao Ajax em nenhum dos jogos, mas mostraram que essa não é uma condição indispensável para ganhar jogos e eliminatórias no futebol. O trabalho e a crença fazem milagres no futebol, mas será que poderão ser um factor decisivo nesta eliminatória? Dificilmente.
Não só o Liverpool é um monstro do futebol actual, como todas as suas características são avessas a surpresas. São uma equipa que joga sempre em alta intensidade, raramente desrespeita o adversário e funcionam a uma velocidade acima de todas as outras equipas.
É um daqueles casos em que o problema não é o Benfica encontrar um colosso do futebol europeu – o problema é ser este colosso em específico.
Conseguir levar a discussão para a segunda mão e ter duas noites absolutamente perfeitas serão a única forma do Benfica ter alguma palavra a dizer no caminho para as meias-finais.
Chelsea vs Real Madrid
O futebol é um jogo de contexto e no espaço de mês e meio tudo mudou.
Fosse esta eliminatória jogada por volta de Fevereiro e tudo apontaria para um maior favoritismo do Chelsea. O problema é que estamos já em Abril e o Chelsea foi o clube europeu mais afetado pela situação ucraniana.
Com a perda de patrocinadores, obrigação de vender a equipa e a notícia da saída de alguns jogadores (Rudiger à cabeça), o Chelsea de Tuchel passou de merecidíssimo campeão europeu a equipa cujos próximos meses serão fundamentais para definir os próximos 20 anos em Stamford Bridge.
Quer isto dizer que o Real tem todo o favoritismo? Não, nem por isso.
O Real Madrid de Ancelotti chega aos quartos-de-final mais por demérito do PSG do que por mérito próprio, depois de ter sido a pior equipa durante 150 minutos da eliminatória. Tem o maior palmarés da História e, claro está, protagonistas de classe mundial, mas a equipa parece estar francamente numa fase de transição do projeto e da ideia de jogo.
Será a eliminatória mais equilibrada desta fase da competição e a mais interessante de seguir durante a totalidade dos dois jogos.
Villarreal vs Bayern Munique
Todos julgam que será um passeio para o Bayern, mas do outro lado está Emery.
Nos oitavos-de-final nós dissemos aqui que o Villarreal era favorito a passar, quando nada o fazia prever. A equipa espanhola nunca será vista como a favorita numa prova europeia, mas tem um dos melhores treinadores de sempre em jogos a eliminar, está num momento de forma histórico e tem um plantel recheado de experiência.
Ora, do outro lado está o Bayern, o todo-o-poderoso conjunto alemão que raramente vacila e cuja ambição não tem paralelo na Europa Central.
Os homens de Munique entram como favoritos, mas a falta de competição interna, a demora de Nagelsmann para incutir as suas ideias nos jogadores e alguma arrogância poderiam equilibrar a eliminatória.
Normalmente há um Lewandowski, Sané ou Coman a aparecer e a resolver os jogos, mas basta que os alemães permitam ao Villarreal sonhar um bocadinho mais do que o normal e a maior surpresa da competição estaria à beira de acontecer.