A maior competição de seleções está prestes a arrancar.
Mais do que três pontos ou um troféu, está em jogo o orgulho de um país. E, apesar de não haver nenhum ‘grupo da morte’, há duelos que prometem grandes jogos desde o primeiro minuto, seleções que piscam o olho ao troféu e outras que talvez tropecem pelo caminho.
O Mundial de 2022 está a chegar e a Solverde.pt aponta os principais favoritos, os candidatos à surpresa e as possíveis desilusões.
Os favoritos: o brilho sul-americano
Brasil
No papel, a seleção canarinha é a grande favorita a vencer a competição.
Primeira classificada no ranking mundial, invicta na fase de qualificação para o Mundial (com 14 vitórias e 3 empates) e com um plantel de luxo ao seu dispor, a seleção brasileira chega com o sonho do ‘hexa’ nos seus ombros e os holofotes apontados a si.
Argentina
A last dance de Messi pela seleção argentina? É possível. O astro argentino abordou recentemente a possibilidade de terminar a carreira dentro dos próximos anos e esta pode ser muito bem a última competição que disputa com o símbolo da La Albiceleste ao peito.
Pela primeira vez em muitos anos, a Argentina chega com um plantel compacto e capaz de aproveitar ao máximo as inúmeras valências de Lionel Messi.
Scaloni parece finalmente ter compreendido as necessidades da equipa e tem apresentado a melhor versão da seleção. Prova disso é o incrível registo de 35 jogos consecutivos sem conhecer o sabor da derrota.
Atendendo à boa forma da equipa, que chega com a missão de dar uma alegria aos fanáticos adeptos argentinos e de adicionar o tão desejado troféu ao palmarés do pequeno mágico, é natural que a Argentina seja cotada como a segunda grande favorita a vencer o torneio.
Os underdogs: a Europa a espreitar o título
Portugal
A ‘Seleção das Quinas’ é cotada apenas como a oitava favorita a erguer o troféu, mas a verdade é que os portugueses estão habituados a surpreender e esta é possivelmente a última e derradeira oportunidade de Cristiano Ronaldo de rechear o seu vasto palmarés com a conquista de um Mundial.
A turma lusitana conta com alguns dos melhores jogadores do mundo e, apesar de se questionar o nível de jogo da equipa, a verdade é que, com tanto talento ao dispor, a vitória está sempre mais próxima.
A equipa já demonstrou ter nervos de aço e o coração frio para se intrometer nas lutas pelos grandes títulos e, seja de empate em empate ou com golos ao cair do pano, a seleção portuguesa terá de ser sempre tida em atenção.
Holanda
A seleção neerlandesa é um claro outsider na luta pelo título.
É certo que os resultados da seleção nas últimas competições não têm sido os mais desejados, mas após um período de recuperação, a ‘Laranja Mecânica’ parece estar finalmente de volta.
A seleção comandada pelo experiente técnico Louis van Gaal conta com um plantel de grande qualidade, num equilíbrio entre o futebol entusiasmante dos mais novos (destaque para Gakpo) e a experiência dos mais veteranos (como Blind e Van Djik).
A conquista da primeira posição no grupo não deverá ser uma tarefa difícil, mas chegou a hora de provarem que estão de regresso e de se intrometer nos momentos das grandes decisões.
As possíveis desilusões: o peso do ouro
Inglaterra
Com os seus jogadores avaliados em 1,26 mil milhões de euros, os ingleses são a seleção mais valiosa presente no Mundial do Qatar e são mais uma vez um dos favoritos a levantar o troféu.
A verdade é que, dentro das quatro linhas, a equipa comandada por Gareth Southgate continua longe de se fazer valer, sem conseguir qualquer título desde a conquista do Mundial de 1966.
Com o plantel de luxo que tem ao seu dispor, Southgate tem a obrigação de chegar longe na competição, contando com um emparelhamento favorável e com um grupo que não se afigura difícil, pelo menos à partida.
É difícil apontar os ingleses como uma possível grande desilusão, mas com jogadores habituados aos grandes palcos e atendendo às circunstâncias, uma saída prematura na fase final será desapontante.
Espanha
É verdade que ‘La Roja’ vem de uma qualificação relativamente positiva e tranquila, mas há que ter em consideração o nível do grupo.
O seu histórico de conquistas faz com que a Espanha seja sempre uma seleção a ser tida em consideração, mas a verdade é que está longe de estar próxima do nível de nos seus tempos áureos.
Neste Mundial, o primeiro desafio está em disputar o primeiro lugar do grupo com a Alemanha e, independentemente do sucesso do objetivo, a passagem à fase seguinte deverá acontecer inevitavelmente.
Luís Henrique convocou um plantel à sua imagem e, se por um lado tal significa uma ideia de jogo clara e com os jogadores “certos” para o esquema tático, por outro lado levanta algumas questões quanto a possíveis embates com outras seleções. Há ainda algumas opções que são no mínimo… questionáveis.
A Espanha deverá seguir em frente sem grandes sustos, mas é difícil acreditar em exibições de gala e não seria uma surpresa caso caíssem prematuramente na fase eliminar.
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