EURO 2020: Grupo B
DINAMARCA • FINLÂNDIA • BÉLGICA • RÚSSIA
Jornada 1 |
📍 | Jornada 2 |
📍 | Jornada 3 | 📍 |
Dinamarca vs Finlândia
12.06.2021
17:00 |
Estádio Parken |
Finlândia vs Rússia
16.06.2021 |
Estádio Krestovsky |
Rússia vs Dinamarca
21.06.2021
20:00
|
Estádio Parken |
Bélgica vs Rússia
12.06.2021
20:00
|
Estádio Krestovsky |
Dinamarca vs Bélgica
17.06.2021
17:00
|
Estádio Parken |
Finlândia vs Bélgica
21.06.2021
20:00
|
Estádio Krestovsky |
Equipas do Grupo B
Dinamarca
9ª presença em Europeus. Venceu a competição em 1992.
À primeira vista, a Dinamarca pode parecer uma selecção mediana em termos de reputação, mas não podia estar mais longe da verdade.
Esta é a nona presença dos dinamarqueses em Europeus de futebol e conseguiram vencer a competição em 1992 e atingir as semifinais em 1964 e 1984, o que é um palmarés superior a, por exemplo, Portugal ou Bélgica.
Podem os dinamarqueses sonhar com um brilharete nesta competição? A resposta é um…talvez.
A seu favor têm o palmarés, um conjunto de jogadores muito interessante e o facto de disputarem dois jogos da fase de grupos em casa.
Contra, têm o facto de estarem envolvidos num grupo complicado, em que a Bélgica é inequivocamente a equipa mais forte e em que a Rússia disputa todos os jogos em casa, incluindo contra a Dinamarca.
Ao contrário das outras selecções nórdicas, a Dinamarca não tem propriamente muitos jovens com sede de vingar na alta roda do futebol mundial.
Tem, isso sim, um conjunto de jogadores experientes e habituados a grandes jogos, ainda que nenhum deles seja propriamente uma estrela mundial.
Eriksen é o jogador mais cotado, apoiado por Kasper Schmeichel, Hojberg, Delaney, Braithwaite e Yussuf Poulsen.
É uma equipa com belos jogadores em todos os sectores e que, com a mentalidade certa, pode estar em alta.
Em 1992 os dinamarqueses também estavam longe de ser favoritos, não tinham estrelas e tudo terminou com a vitória.
Finlândia
É fácil falar do palmarés da Finlândia em grandes competições de futebol: não existe.
É a estreia absoluta da Finlândia em Europeus de futebol e nunca esteve presente num Mundial.
À exceção de um 9º lugar nos Jogos Olímpicos, em 1952, em casa, a Finlândia nunca viveu a excitação de uma competição deste nível.
É esta falta de palmarés e a alegria pura de se estrear a este nível que podem ajudar uma das equipas menos talentosas desta competição a brilhar – já vimos o mesmo acontecer com a Islândia, no passado.
A Finlândia tem três jogadores conhecidos dos adeptos (Hradecky, guarda-redes do Leverkusen, Tim Sparv, actualmente a jogar na Grécia e Teemu Pukki, avançado do Norwich) e 23 atletas desconhecidos a compor o grupo.
Não há sequer uma espinha-dorsal na equipa, um conjunto de jogadores que venham da mesma liga ou clube.
Na verdade, só dois jogadores actuam no campeonato local e depois há futebolistas vindos da Suécia, Chipre, Bélgica, Polónia, Hungria ou Canadá.
Num grupo com 3 equipas claramente mais fortes e mais experientes, a Finlândia já venceu o que tinha para vencer, que é estar presente.
A ausência de pressão e falta de expectativas têm o condão de ajudar, neste caso, embora não seja mesmo esperada outra coisa que não 3 encontros muito difíceis na fase de grupos.
Bélgica
A Bélgica vai disputar apenas o seu 6º europeu e nunca venceu nenhum deles, mas é inegável que estamos perante uma das equipas mais fortes do mundo e uma geração de jogadores que querem muito brilhar neste Verão, depois do terceiro lugar no Mundial de 2018.
Se olharmos aos nomes e épocas feitas, a selecção belga perde para muito poucas outras na competição.
Courtois na baliza, Witsel, De Bruyne, Carrasco, Tielemans, Hazard, Mertens e Lukaku são alguns dos melhores jogadores do mundo e capazes de derrotar qualquer outra equipa, pelo que a inclusão dos belgas no lote de favoritos não é surpreendente.
Também o banco é assegurado por Robert Martínez, um treinador que já provou que é mais do que capaz de liderar uma equipa em direcção a feitos notáveis.
A grande incógnita desta equipa é mesmo o sector defensivo, cujos protagonistas não tiveram propriamente épocas assinaláveis (Meunier, Denayer e Alderweireld) ou estão claramente na rota descendente das suas carreiras (Vertonghen e Vermaelen).
Porque lhe chamamos incógnita?
Porque Portugal em 2016 apresentava exatamente o mesmíssimo problema e conseguiu fazer da defesa a sua força.
Rússia
A Rússia é a segunda nação com mais presenças em Campeonatos Europeus de Futebol (12, com esta) e a vencedora da primeira edição, em 1960.
Para além disso, foi finalista vencida por 3 vezes e tem outras 2 presenças nas meias-finais, a última das quais em 2008.
Estamos perante, à falta de melhor expressão, um gigante adormecido. É esperado que acorde neste Verão? Analisar a Rússia nunca é simples.
Por um lado, a maioria dos seus futebolistas actuam no campeonato interno (a excepção são Golovin do Mónaco, Miranchuk da Atalanta e Cheryshev do Valência).
Por outro lado, há a questão da mentalidade, que na equipa soviética é sempre determinante nestas competições: os russos chegam ao Euro com ambição para brilhar e fazer valer os seus pergaminhos, ou prestes a entrar em combustão interna como tantas vezes acontece?
Há muito talento nos comandados de Cherchesov e que estiveram muito bem no Mundial de 2018, disputado em casa.
Mário Fernandes, Golovin, Zobnin, Miranchuk ou Dzyuba são jogadores com carreiras sólidas e que num dia bom podem ser os melhores em campo.
Há a juntar a experiência de homens como Zhirkov ou Kudryashov, especialmente na defesa.
A dúvida é que jovens russos podem aparecer e surpreender os adversários, brilhando neste Euro?
Entre os chamados há Mukhin, do CSKA e Mostovoy, do Zenit, dois jogadores que têm estado muito bem nas suas curtas carreiras, mas que ainda não se mostraram ao mundo.
Com 3 jogos em casa na fase de grupos, um possível cruzamento com o grupo A na fase a eliminar e São Petersburgo no mapa dos quartos-de-final, não seria impensável darmos de repente com a Rússia nas meias-finais.